Quando escolhi falar de educação no meu lado, o Lado Lari, escolhi por muitos motivos, um deles é que sou filha de pais professores. Cresci os vendo prepararem aula, preencherem diários, conversarem sobre as instituições de ensino em que davam aula, e principalmente, de os ver sentados no sofá, na cadeira, na cama, lendo, lendo e lendo. Eles sempre incentivaram, a mim e meus irmãos, ao hábito da leitura: os livros eram nossos presentes de dia das crianças. Lembro de uma época em que o dinheiro era curto mas sempre que nos interessávamos por um livro eles davam um jeito de comprar. E sempre foi assim.
Em 2005, fui a uma palestra do Pedagogo Roberto Carlos. Sim, ele mesmo, aquele que ficou famoso nas propagandas do governo intituladas “Sou brasileiro e não desisto nunca”. O menino que foi levado para a FEBEM e que, apesar de todas as adversidades, se tornou um escritor premiado após ser adotado por uma professora que lhe deu EDUCAÇÃO. Lembro de sair encantada com a transformação de uma pessoa depois de um simples ato.
O profissional da educação sempre foi tratado como sendo de extrema importância, mas sempre foi mal remunerado. Atualmente podemos ver na televisão a campanha do MEC convidando as pessoas a se tornarem professores: “Seja professor. Venha construir um Brasil mais desenvolvido, mais justo, com oportunidade para todos”. Resta saber se a campanha veio para elevar o status do profissional ou simplesmente para ‘recrutar’ pessoas que estejam interessadas em suprir a necessidade de uma profissão que está em baixa.
Pode parecer ideologista demais, mas ainda penso, como milhões de brasileiros, que a educação é sim a base para mudar o mundo em que vivemos. A educação abre caminhos, cria expectativas, gera oportunidades.
Não quero usar o meu lado para bater no governo, falar mal ou criticar o que está errado. Quero que, aqui, nós possamos dar espaço a bons profissionais, boas instituições, bons projetos... enfim, mostrar que existem ideias criativas, inovadoras.
“Não é possível refazer esse país, democratizá-lo, humanizá-lo, torná-lo sério, com adolescentes brincando de matar gente, ofendendo a vida, destruindo o sonho, inviabilizando o amor. Se a educação sozinha não transformar a sociedade, sem ela tampouco a sociedade muda.”
(Paulo Freire)
0 comentários:
Postar um comentário
FalaPovo!