terça-feira, 25 de maio de 2010

Quatro Lados no Intercom Norte 2010

Para quem não teve a oportunidade de conhecer a história desse blog, a gente explica: o Quatro Lados surgiu no final de 2009, como um trabalho acadêmico da disciplina de Webjornalismo. Nós quatro, porém, nos apaixonamos pela idéia de poder levar informação e ao mesmo tempo expor nossas opiniões sobre os assuntos que nos cercavam. Portanto, hoje, o Quatro Lados se desvinculou das questões acadêmicas e se tornou um blog jornalístico de natureza opinativa, tendo quatro editorias fixas, além de tratar de outros assuntos que nos chamem a atenção.
Acima de tudo isso, pregamos pelo jornalismo participativo, aquele em que você, leitor, nos ajuda a produzir, sendo com colaborações de matérias, sugestões de pauta, e-mails ou comentários.
Agora, depois de pouco mais de 6 meses ‘no ar’, estamos indo rumo ao Intercom Norte, o maior Congresso de Ciências da Comunicação da região, que, esse ano, acontecerá em Rio Branco, no Acre, do dia 27 a 29 de maio.
O Quatro Lados irá concorrer no Expocom, Exposição da Pesquisa Experimental em Comunicação, na categoria Produção Editorial e Produção Transdisciplinar, modalidade Blog, concorrendo com trabalhos do Acre, Pará e Amazonas.
Independente de prêmios, mostrar o nosso trabalho, que fazemos com tanto carinho e cuidado, nos fez entender o quão bem o blog nos faz.
Voltaremos do Acre mais animados, com mais vontade de continuar levando informação e com muitas novidades, já que não é todo dia que se reuni estudantes de comunicação social da região inteira, em um mesmo local, durante 3 dias.
A vocês, leitores fiéis do Quatro Lados, apenas um pedido: torçam por nós, afinal, vocês continuam sendo o nosso quinto lado!

quinta-feira, 20 de maio de 2010

Preconceito se mantém grudado à evolução da mídia

A pior coisa para o trabalhador, em qualquer área do conhecimento, é o preconceito, cultura que como herança colonial há mais de meio século arrasta no dorso a sociedade brasileira.

Certamente não sou o primeiro nem serei o último a perceber e sentir a condenação e até mesmo olhar crítico condenando como a um preguiçoso ou ‘enrolador’, por passar parte do tempo a ler diariamente jornais e sites de notícia, ou a escrever textos que não os puramente técnicos ou burocráticos.

Para a maioria das pessoas que chegam aonde há um setor encarregado da comunicação social, especialmente a assessoria de imprensa, ao ver jornalistas diante do computador, buscando noticiário, logo imagina tratar-se de alguém que está a “enrolar” ou passando o tempo, ao invés de trabalhar.

Como evoluíram os meios disponíveis e mais ágeis, embora nem sempre eficazes, muitas vezes desastrosos até, o jornalista vê-se obrigado a também buscar notícias, contra e/ou a favor dos assessorados, na internet. O condenador não precisa verbalizar, pois seu olhar denuncia o que pensa quando vê o jornalista ao computador, lendo o noticiário – exercício importante, pois, embora virtual, depois de impresso, o conteúdo torna-se real.

Lembro-me dos tempos em que comecei a profissão, há mais de 30 anos, quando os meios de informação disponíveis eram apenas o rádio, os jornais e as revistas semanais. Normalmente – e isso continua se fazendo necessário hoje ainda – sobre a mesa do jornalista que lê os impressos também constam folhas de papel, tesoura e tubos de cola, ferramentas indispensáveis para se fazer o recorte de notícias, entrevistas, comentários e opiniões, para montar o clipping diário.

Para quem olha a mesa, aquilo não passa de bagunça. Não discordo totalmente. Talvez seja até, mas uma bagunça organizada, pois tudo que se rascunha, de guardanapos de papel a blocos padronizados, na mesa de jornalista tem sua importância e sem os quais não se elaboram boas notícias. Em meio àquela desordem, a gente acaba se achando. Se se tentar estabelecer uma ordem, talvez aí a coisa desande. E como não somos perfeitos, jornalistas também pode imaginar que tudo certinho demais pode ser outra coisa.

Repito que não há ineditismo no que relato, mas igualmente não é original o conceito nem tampouco seremos o último a tratar esse preconcebido comportamento sobre o desempenho e grande carga de responsabilidades jogada sobre os ombros dos estagiários e novos jornalistas. A eles são transferidas as ações que os antigos acham que diminuem sua competência. Também há mais de vinte anos, coleguinhas já assinavam artigos sobre a pecha de preguiçoso e enrolador dos jovens coleguinhas, quase sempre explorados pelos mais experientes.

Lamentavelmente, isso ainda hoje acontece e não vemos nada que nos alente Ainda hoje acontece, pegando da tesoura aos teclados e às impressoras, links etc. Imagina-se que o preconceito doa menos quando alguém fala abertamente “vida boa é essa: ler jornal e ficar grudado na internet!”

Colaboração:

William Jorge Heron, 51, é jornalista (MTbE-RO 153). Foi arquivista, repórter, tendo ocupado várias editorias até chegar a diretor de Redação de jornal. Atualmente é repórter da Agência Sebrae de Notícias.

quarta-feira, 12 de maio de 2010

Copa do Mundo 2010

O Brasil parou. Todas as emissoras de TV transmitiam ao vivo. Os sites de notícia acompanhavam simultaneamente. A expectativa do público era grande...
Eleições presidenciais? Guerra no Iraque? Não, nada disso. Estamos falando de ontem, 11 de maio de 2010, dia em que Dunga, técnico da seleção brasileira divulgou a lista de convocação do time que irá à copa do mundo da África do Sul.
A lista dos jogadores ‘recrutados’ não teve nenhuma grande surpresa, sendo assim, nada de Pato, Ganso, ou qualquer outra jogador com nome de bicho. Na seleção de Dunga não teve lugar pra jogadores de peso como Ronaldo ‘Fenômeno’ (peso né? então...), Ronaldinho Gaúcho e Adriano.

Questões futebolísticas a parte, de quatro em quatro anos podemos perceber o empenho de uma nação unida em torno de um mesmo objetivo. Em dias de copa do mundo, as cidades param, e todos juntos passam a torcer pelo Brasil.
O filme “Chico Xavier”, que foi lançado nacionalmente no dia 2 de abril, traz uma cena em que o médium, diz em uma conversa que só iria morrer no dia em que todos os brasileiros estivessem felizes. Chico faleceu no dia 30 de junho de 2002, horas depois do Pentacampeonato brasileiro. O Brasil realmente estava feliz!
Acreditando ou não no espiritismo, o fato é que o filme mostra uma realidade. Como não dizer que o Brasil é o país do futebol, se o campeonato mundial se torna o único ponto em que todos os brasileiros entram em um acordo. O único objetivo comum de uma população inteira.
Nessa época, a publicidade e propaganda também muda e passa a divulgar produtos através desse desejo mútuo da população. Exemplos disso são as propagandas da Seara, Guaraná Antártica, marcas de cervejas, entre outros.

Nós do Quatro Lados, estaremos a postos no dia 15 de junho, vestidos de verde e amarelo, munidos de bandeiras, cornetas, trevos de quatro folhas, figas e muito pensamento positivo, para que mais uma vez, o Brasil mostre que é o melhor do mundo. Mas nosso desejo maior, é que mobilizações como essas aconteçam em outras oportunidades, para outros objetivos, transformando o país do futebol no país de todos e para todos. Se é possível na copa do mundo, é possível sempre!

Para ouvir: Waving 'flag- Musica oficial da Copa 2010

terça-feira, 11 de maio de 2010

Lado Mau – Mulheres Homens ou Homens Mulheres?

Com uma pitada de Lado Vini

Outro dia ouvi uma conversa, coisa que achava que não acontecia ou que já tinha deixado de acontecer. Dois caras falavam das mulheres que estavam ficando, abertamente. O primeiro falava de como tratava a sua de gato e sapato e o outro reclamava que sua mulher/namorada, enfim, sempre tomava as atitudes na hora do sexo. Era ela quem carregava as camisinhas, tinha as pílulas, conversava sobre a transa, enfim, era o homem da relação. E ele se queixava!

Peço licença ao meu amigo Vinícius, da editoria de Entretenimento e Comportamento, para sair um pouco do meu tradicional Sexo & Saúde e por um pé em sua editoria.

Como, em nome de Deus, depois de tudo que já foi dito e escrito, um homem me abre a boca pra reclamar que não precisa se preocupar na hora de transar? Que quando ele chega, não tem outro trabalho a não ser o de TRANSAR? Psicólogos, ajudem!

As mulheres têm crescido em todos os setores, assumido cargos de confiança, ganhando salários maiores, participado de tomada de decisões que vão do orçamento doméstico a compras em grandes corporações e não é de hoje, uma pesquisa do IBGE mostrou que, em dez anos, o número de mulheres chefe de família cresceu 79%. É visível! E agora não podem escolher se vão andar ou não com preservativo na bolsa porque podem estar invadindo o espaço dos homens? Por que?

Uma amiga minha, muito próxima, vive em casa, a seguinte situação: sua mãe recebe três vezes mais que o marido, é completamente independente e tem ótima relação com seu companheiro, inclusive na cama. Isso refletiu em sua própria vida afetiva, ela nunca esperou pelo namorado para tomar suas iniciativas e isso nunca foi um problema.

Conversei com algumas mulheres a respeito disso, sobre essa nova geração de mulheres, as que seguem o padrão ‘Sex and the City’ e ficaram revoltadas! “O dinheiro é meu, eu compro minha camisinha e uso com quem eu quiser, até de balão, se eu preferir”, disse a acadêmica de Publicidade e Propaganda da Uniron, Dandara Simão.

Pessoal, na hora do sexo, como todos já sabem e eu repito, não interessa quem tem a camisinha, o importante é ter. Homens, fiquem felizes que suas namoradas e esposas dividem o compromisso do sexo seguro com vocês, que elas estão preocupadas não somente com sua saúde, mas com a de vocês também.

terça-feira, 4 de maio de 2010

Lado Lari - E o ProUni?

O Programa Universidade Para Todos – ProUni, é um programa do Ministério da Educação, criado pelo Governo Federal em 2004, que oferece bolsas de estudos a estudantes brasileiros sem diploma de nível superior em instituições de educação superior privadas.
O projeto foi criado para atender estudantes de baixa renda que tenham renda familiar, por pessoa, de até três salários mínimos, tenham participado do Enem do ano anterior, com pontuação mínima de 45 pontos e satisfaçam uma das condições abaixo:
- ter cursado o ensino médio completo em escola pública;
- ter cursado o ensino médio completo em escola privada com bolsa integral da instituição;
- ter cursado todo o ensino médio parcialmente em escola da rede pública e parcialmente em instituição privada, na condição de bolsista integral da respectiva instituição;
- ser pessoa com deficiência;
- ser professor da rede pública de ensino básico, em efetivo exercício do magistério, integrando o quadro permanente da instituição e concorrendo a vagas em cursos de licenciatura, normal superior ou pedagogia. Neste caso, a renda familiar por pessoa não é considerada.



E assim era pra ser...

Porém, no último domingo, o Fantástico, programa da Rede Globo de Televisão, denunciou universitárias de classe média alta, na cidade de Maringá, no Paraná, estudando com bolsas integrais do ProUni.
As estudantes, que moram em casas confortáveis de bairros nobres da cidade e possuem carros que chegam a valer R$ 55 mil, cursam medicina numa instituição em que a mensalidade do curso custa R$ 3.200.
O que mais revoltou quem assistiu a reportagem, foi ouvir de Milena Lacerda, umas das acadêmicas, o seguinte comentário, ao se referir a condição financeira da família: “Esse ano até a gente passou por certas dificuldades. Nem viagem pra praia a gente não foi. Antes era comum de ir”. Lamentável.
Diante disso, o MEC se pronunciou, afirmando que as meninas além de perderem as bolsas, terão problemas com a justiça.
Até agora, as três estudantes deixaram de pagar, juntas, 300 mil reais em mensalidades. Um dinheiro que deveria ser usado pra ajudar quem realmente precisa.
O ProUni nasceu com uma finalidade, e esses programas de incentivo do governo são bem-vindos, mas precisam de uma fiscalização mais rígida, para que possam, de fato, beneficiar quem realmente precisa.
Não é de hoje que debatemos o fato da educação poder mudar a vida e o destino de pessoas carentes. Pessoas que não têm a possibilidade de cursar uma faculdade. Pessoas cujas dificuldades vão muito além de não poder passar as férias numa praia!

segunda-feira, 3 de maio de 2010

Documentário de Rondônia é finalista de Prêmio Nacional de Jornalismo

Com o título “Educação e Comunicação, por que não?!”, o documentário radiofônico produzido pela jornalista e professora dos cursos de Comunicação Social da Uniron, Evelyn Morales, é um dos finalistas da 10ª Edição do Grande Prêmio Ayrton Senna de Jornalismo. O material é o único representante da região Norte e compete na categoria Rádio com emissoras do Distrito Federal, São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Paraná e Sergipe.
O documentário foi uma produção do programa Sinapse Áudio Uniron, projeto experimental dos cursos de Comunicação Social da Uniron, que envolve prática radiofônica dos acadêmicos de Jornalismo e Publicidade e Propaganda e eventuais veiculações profissionais de professores/jornalistas da instituição.
Anunciado pelos acadêmicos Larissa Tezzari e Vinícius Teixeira (membros do Quatro Lados), além de Vanessa Vasconcelos e Dandara Simão, em dezembro de 2009, na rádio educativa Cultura FM (107,9), o documentário trata dos desafios do educador da rede pública de ensino de Rondônia com a introdução das Tecnologias de Informação e Comunicação (TICs) nas escolas. O material relata um diário de bordo - resultante de viagens aos municípios de Vilhena, Rolim de Moura, Ji-Paraná e Porto Velho - traçando características do ensino-aprendizagem no programa Mídias na Educação, que capacita mais de 150 educadores para utilização de rádio, televisão, internet e impresso nas escolas.
Para a jornalista e professora de radiojornalismo da Uniron, Evelyn Morales, estar entre os finalistas é compensador. A profissional, que pela segunda vez é finalista do GP, relata que Rondônia tem feitos educacionais interessantes para divulgação. “Os demais finalistas têm materiais excelentes que expõem críticas pertinentes ao setor. Desta vez optei por divulgar soluções; o lado positivo da educação. Penso que devemos valorizar os educadores que se esforçam por melhorias; que querem inovar no ensino. Como as novas tecnologias estão à disposição, por que não aliar educação e comunicação?! É isso que muitos educadores estão fazendo em Rondônia, e é isso que propus a divulgar”, argumenta Morales.
A divulgação dos finalistas aconteceu na última quarta-feira (29). Foram inscritas 1.516 matérias, envolvendo 682 jornalistas de 217 veículos de todo o Brasil. Os vencedores do Grande Prêmio Ayrton Senna de Jornalismo serão conhecidos no segundo semestre de 2010.
GP Ayrton Senna de Jornalismo – Desde março de 1997, o Prêmio é uma iniciativa do Instituto Ayrton Senna e tem como principal objetivo reconhecer e estimular repórteres e editores de jornal, revista, rádio, TV e internet na produção de trabalhos que contribuam para a melhoria da educação.
Colaboração: Évelyn Morales, Jornalista e professora Ms. da Faculdade Interamerica de Porto Velho - UNIRON.